terça-feira, 17 de maio de 2011

Por que os soteropolitanos mijam na rua?

A jornalista Socorro Araújo,num momento de reflexão, perguntou: “Por que os soteropolitanos mijam na rua?”

O péssimo hábito de sujar a rua, deixar o meio ambiente fedorento quem quiser saber o que é isso, passe em frente ao complexo de cinema do Unibanco, na Praça Castro Alves, entre outros inúmeros lugares da capital baiana) instigou Socorro a buscar explicações na história e na literatura. E encontrou a explicação em um poema do “Boca do Inferno”.

Ah! Prefiro soteropolitano a baiano, porque não se engane quem
veio do interior não tem esse hábito não.

É Socorro quem conta:
“…procura na história e você vai achar a explicação. Um poema de Gegório
de Mattos explica os motivos dos baianos mijarem na
rua. Bons motivos por sinal… “

DAS RAZÕES PORQUE OS BAIANOS MIJAM PELAS RUAS DA URBI
(Gregório de Mattos e Guerra)

 Um certo Manoel Ferreira
 Oriundo de Lisboa
 Gran fidalgo da Coroa
 Moço de cheia algibeira
 Vivia a gabar-se à-toa.
 Afirmava que seu malho
 Se arreitado como um galho
 Medido do pé à ponta
 Quando o culhão se desconta
 Dá dois palmos de caralho
 Mas uma Luiza Benta
 Tendo sido desprezada
 Por Ferreira e mal-fadada
 Uma peçonha inventa.
 Diz que a pica tão gabada
 Perecia seu mindinho
 Que o troço pequenininho
 Nem no cono se sentia
 Que só tinha u’a serventia
 Comer cú de passarinho.
 O Ferreira ultrajado
 Passou na rua a mijar
 Intentando recobrar
 Ao exibir o cajado
 Sua fama de além-mar.
 E se as damas gostaram
 Os homens o imitaram
 E até hoje na Bahia
 Mostrar o pau é mania.
 Os baianos não reparam.


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