23/05/2011 17h07 - Atualizado em 23/05/2011 18h40
Família de idosa que teve papagaio morto quer mudar de bairro
Dona da ave foi amordaçada e amarrada na Zona Leste de São Paulo.
Três suspeitos foram presos e um adolescente foi detido.

rante tentativa de assalto (Foto: Bruno Azevedo/G1)
"Minha avó está assustada. Ela não voltou para casa até agora", disse Nicole, na tarde desta segunda-feira (23). A aposentada estava na casa de uma filha, na mesma rua onde mora.
Os assaltantes entraram na residência no momento em que Nicole, de 22 anos, foi até a casa dos fundos, onde mora sua mãe, por volta das 20h. Eles amordaçaram e amarraram a idosa, a jogaram na cama e colocaram um cobertor sobre ela. Em seguida, o tio de Nicole Thiago Tadeu Panica chegou à casa de Yeda e também foi rendido. Da outra casa, a jovem viu a avó sendo agredida. Nicole chamou, então, a polícia. Segundo ela, os policiais chegaram rapidamente.
“Minha avó foi amordaçada com a cortina do banheiro, que eles rasgaram. Quando o meu tio chegou, eles começaram a agredi-lo”, contou Nicole.
Ela disse que os criminosos tinham informações sobre a rotina da família, já que entraram batendo na porta, no horário em que Thiago tinha costume de ir ver Yeda todos os dias. Os criminosos também citaram, segundo ela, o nome de um outro tio morto há cerca de um ano. Eles tentaram levar joias, computador e tênis. A ação durou cerca de 20 minutos.

papagaio para matá-lo (Foto: Bruno Azevedo/G1)
Na casa havia ainda um outro pássaro e dois pitt bulls que, segundo Nicole, são mansos e estavam presos. “Quando eu entrei na casa e perguntei para minha avó como ela estava, a primeira coisa que ela disse foi: ‘mataram o Louro’”, afirmou Nicole.
A ave estava com a aposentada havia 38 anos. Segundo a neta, o animal falava poucas palavras, chamava Yeda por “vó” e costumava dançar. “No café da manhã, ele só comia pão com manteiga. E se desse o pão sem nada, ele jogava fora em quem deu a comida para ele”, contou. “Minha avó rezava o dia inteiro, assistia a missas pela TV. Quando não estava rezando, estava cozinhando e o Louro por perto.”
Patrícia Alexandre Panica, de 30 anos, filha de Yeda, disse que a mãe passava bem nesta segunda-feira. Segundo ela, a idosa não reclama de dores, mas há marcas nos braços da idosa, que teve uma pulseira arrancada pelos criminosos. Um parente da família que é médico visitou a aposentada e recomendou descanso.
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