sábado, 26 de fevereiro de 2011

PINK APELA EM PROL DAS OVELHAS

Video:
PELA PETA, PINK EXPÕE A CRUELDADE DA INDUSTRIA DE LÃ AUSTRALIANA E APELA PARA QUE NOS UNAMOS PARA DAR UM BASTA ÀS MUTILAÇÕES A QUE SÃO SUBMETIDAS AS OVELHAS E, TAMBÉM, UM BASTA À CRUEL EXPORTAÇÃO DE CORDEIROS E OVELHAS.
http://bit.ly/9beZkv

Lea Michele: Horse-Drawn Carriages

Video:
PELA PETA, LEA MICHELE, ESTRELA DO HIT E SERIADO DA TV, GLEE, EXPÕE AS CONDIÇÕES DOLOROSAS A QUE ESTÃO EXPOSTOS, DURANTE AS 24 HORAS DO DIA, OS CAVALOS DE CARRUAGENS.
http://bit.ly/gaz5Rc

Sacred Vision Animal Sanctuary

Sacred Vision Animal Sanctuary Hoarding Investigation

Video:
uma investigação da PETA descobriu centenas de gatos deixados em sofrimento e morte em condições imundas
http://bit.ly/eMsPFe

ORIGEM DO COURO

Colaborando com a PETA,
PAMELA ANDERSON SOLICITA AOS CLIENTES QUE GUARDEM SUAS PELES E TENTAR ALTERNATIVAS PARA O COURO
http://bit.ly/cniP9B

IDENTIFIQUE O LADRÃO

Colaboração de DIMITRI GANZELEVITCH, 26/02/2011
I  did not realize HOW SERIOUS had becomeidentifying thefts .




Charles


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

BAIANAS RETIRADAS DA ORLA


Transito a pé pela Av. Sete tentando atravessar pela algazarra de ambulantes, buzinas e outros tons musicais os mais diversos, transeuntes, potenciais compradores discutindo preços e um sem número de objetos expostos por superar. 

Repentinamente, a voz de um locutor anuncia “Baianas serão retiradas da Orla”.

Instantaneamente, ao meu lado um “nego baiano”, vestindo calça preta e camisa branca, estilo “no stress bem apessoado”, aparentemente com o cérebro bem em cima, ou seja, lúcido, abre o vozão, bem tranquilão e brada: “Tomara que as baianas se juntem e façam um bozó tamanho de um boi para ele”.

--Ele quem?, pergunto-lhe.
--Ora, o Prefeito João Henrique.  Tudo que não é da religião dele ele vai destruir, profetiza o bom baiano.
--O Sr. é do Candomblé?, pergunto surpreendida.
--Eu não, sou Católico!, enfatiza ele.

Que religião?!, conjecturo continuando minha caminhada. Desde quando a Baiana do Acarajé tem a ver com a religião? Baianas são quituteiras cujas origens enraízam-se no Benim. Baianas são mulheres trabalhadoras que dão um duro legal preparando os quitutes e a massa para a fritura.

Diuturnamente, instalam-se nas praças, nas ruas e nas praias onde já têm uma clientela fiel.  Driblando e goleando o “Mac Donald”, elas conseguiram sobreviver firmes e fortes, na tradição do acarajé, do abará, do bolinho de estudante, das cocadas, do peixe frito, do baço frito e outros, até os dias de hoje.  Logo, elas representam a tradição, a baianidade.

Qual o baiano que não come pelo menos um acarajé, por semana?! Este hábito, sim, é uma religião. O degustar da boa cozinha baiana.

Que religião?! Seguramente, a mesma que fez com que a Secretaria Municipal de Saúde, na semana passada, sem nenhum critério técnico, cortasse parte do leite especial para cerca de 100 crianças alergênicas, ou seja, crianças que possuem um organismo que não consegue absorver os nutrientes do leite materno e sofre com alergia ao de vaca que causa inflamação do intestino.  Por conseguinte, o organismo não absorve os nutrientes devido à inflamação no intestino”.  Segundo a presidente da Associação Baiana de Pais e Amigos de Crianças com Alergia Alimentar (Abappa), a fisioterapeuta Bianca Gouveia, desde que começou a distribuição, em 2004, há cortes na época do Carnaval.” (Correio da Bahia, 16.02.2011. Também noticiado pela Globo.).

Que religião?! A mesma que está a exigir a retirada das plantas e vasos de plantas que decoram o Centro Histórico? A mesma que destrói a natureza viva e ornamental do Centro Histórico e, igualmente, destrói os coqueirais e bosques permitindo a construção de complexos de edificações seja no centro da cidade, seja na Orla? 

Que religião?! A mesma que mantém o Centro Histórico muito sujo e degradado? Por que nos bairros há “Cenourinhas” e os mesmos não são vistos no Centro Histórico?  Será, mesmo, tarefa dos mendigos limpar toda a sorte de dejetos que enfeitam e perfumam as ruas do Patrimônio da Humanidade? Alguém se lembra dos caminhões-pipas que, periodicamente, lavavam essas ruas?

Que religião?! A mesma que fez com que, na candidatura ao primeiro turno, fosse prometido o impossível aos barraqueiros? Será que essa religião permite “destruir um Santo para cobrir outro”?  Pois, dizem, a retirada das Baianas do Acarajé da Orla preencheria um nicho da já magra atual retirada dos ex-barraqueiros da Orla.  São as Baianas do Acarajé quem indenizarão por impossíveis, ilegais e, absolutamente, impraticáveis promessas de campanha?


Silvia Vannucci Chiappori
21.02.2011





ODE AO GATO, Artur da Tavola


Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso.

Nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.

O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.

Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem sabe, talvez, ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?

Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E, como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso.

"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.

O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é Zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer.

Exigente com quem ama, mas só depois de muito se certificar. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.

Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês.

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério.

O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E, se defende do afago.

 A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.

O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou lactente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós).

Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali". Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.

O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente ao nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.

Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.

O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam aos gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!

Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.

O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, o qual ama e preserva como a um templo.

Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contacto com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.

Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.

O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem.

(Colaboração de Isabela D.)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mercado "Modelo"

 

Entro no Mercado, um pouco apurada, pois a água está prestes a verter-se joelhos afora.

No intervalo entre um andar e outro, adentro o “Sanitário Feminino”. Gentilmente, a encarregada, por diversas vezes, enrola papel higiênico entorno de sua mão e, em seguida, estende-me o bolinho de papel.

Olho-o refletindo que a quantidade recebida fornecer-me-á um pequeno suprimento de “lenços de papel”, já que descobrira que os esquecera em casa. Melhor. Problema solucionado.

Ao mesmo tempo em que o olhar me fizera divagar, escuto a voz da encarregada dizendo-me “não se esqueça da minha caixinha”. Volto à REALIDADE. Já não sei se respiro aliviada pela solução dos lenços de papel, ou se soluço indignada pela gentil solicitação da encarregada.

Já não é bastante humilhante receber o papel contado – às vezes, para mais, às vezes para menos – de uma encarregada?  Por que não pode, cada consumidor, dispor do papel que deveria, obrigatoriamente, ser encontrado no box por ele utilizado? E, ter que pagar por ele?

A quantidade arrecadada pelos comerciantes do Mercado “Modelo”, não é suficiente para manter o consumo de papel nos toaletes?  Um dos boxes do toalete feminino está interditado ao uso. Para lavarmos as mãos há quatro pias. Uma possui um plástico preto engessando a torneira, duas são utilizáveis e a outra, talvez, não fosse o enorme rombo de sua bacia. Rodoviárias do interior, apresentam-se muito melhor.

Há poucos dias, tive o privilégio de utilizar o toalete da Estação da Calçada. Comparado ao do Mercado Modelo deveria constar do Livro dos Recordes por conta da limpeza modelar, muito embora apenas dois boxes possam ser utilizados.

Ao subir a escada para dirigir-me ao Restaurante “Camafeu de Oxossi” onde estava programado um almoço, passei diante do “Sanitário Masculino”.  O perfume que este desprendia, exalava, muito além da porta, embrulhando o estômago.

Qual a situação dos sanitários dos restaurantes, sempre muito utilizados, muito precários e, também, muito mal asseados?!

Sento-me à mesa com a esposa do casal que eu atendia. O marido, Sr. R., estava no sanitário, cuja porta situa-se justo ao lado do balcão do “Camafeu de Oxossi”. O “Toalete Masculino”. Ao voltar, senta-se à mesa e cochicha algo à esposa. Pretendi desconfiar do que se tratava, mas senti-me malvada. 

Pouco depois, o Sr. R. olha surpreso para o lado do “Toalete Masculino”. Postada lateralmente à cena, ao perceber o olhar do Sr. R. volvo meu olhar na direção do dele e observo uma Sra., que assistida por seu marido, entra no “Toalete Masculino”.  Tratava-se de um casal de turistas de mais de meia idade.

Precipito-me para explicar que a Sra. entrara no banheiro masculino. O marido desta, zangado, pôs-me de lado e permaneceu à porta barrando a passagem.

Volto, incontinenti, à mesa e pergunto ao Sr. R. se o banheiro masculino estava limpo. Ele responde que não. Sem que nada perguntasse, a esposa, Sra. R., informa que o “Toalete Feminino”, que ela utilizara junto ao Restaurante “Maria de São Pedro”, estava muito sujo... Quanta ironia! Pelo menos no andar dos restaurantes em que o asseio deveria ser a preocupação número um e junto a um “Camafeu”! Papel nesses “Toaletes”, impossível!! Tradicionalmente impossível é bom aclarar, pois, aí, jamais postou-se encarregado de “Caixinha”...

Como pode o Governo da Bahia incluir o Mercado “Modelo” em sua Publicidade Turística? Como podem as agências incluir o Mercado “Modelo” em suas programações? Por conta da vergonhosa e imperativa necessidade de pechinchar lá onde os preços não estão afixados, o turista deixa aí muitos din-dins à mais, já que a maior parte da mercadoria custa-lhe muito além do valor real.  O turista sai do Mercado “Modelo” sempre sentindo-se lesado, incluso no conforto mínimo necessário ao atendimento de suas necessidades fisiológicas.

Estamos em plena estação de cruzeiros marítimos e há dias em que cinco naves aportam.  Sem dúvida, todos os passageiros vão ao Mercado “Modelo”. Não deveria ser este, também, o cartão de visitas da cidade?

Parabenizamos o novo estacionamento.  Contudo, sanitários não são igualmente prioritários? Mais prioritários, antes do incentivo à freqüência de ainda maior número de consumidores? Por que não melhorar ou adequar as estruturas internas, ou seja, banheiros, boxes de alimentação  e cozinhas dos restaurantes, que permanecem “intactos” desde a reforma pós incêndio, há mais de 20 anos?

Faltam cerca de 1.026 dias para a Copa. Será que apenas a Copa do Mundo moverá esta cidade cuja administração é a líder do “No Stress”? Onde está o resultado dos impostos arrecadados pelo gordo comércio do Mercado “Modelo”, o campeão líder da não emissão de Notas Fiscais e da evasão de divisas tributárias? Por que não adequar o Mercado ao seu verdadeiro nome retornando o benefício às centenas de consumidores que, diariamente, deixam seus din-dins aí?

Este é um soluço que, há anos, aperta e dói na minha garganta.

Silvia Vannucci Chiappori
SSA, 20.02.2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CÃO VELAVA TUMULO DE SUA DONA

Cachorro que velava túmulo da dona é resgatado em Teresópolis

Crédito: AFP
Thais Lobo
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RIO - A Comissão Especial de Proteção Animal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) conseguiu resgatar na sexta-feira um cachorro que estava há dias ao lado do túmulo de sua dona, Cristina Maria Cesário Santana, morta em decorrência das fortes chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio.

Caramelo, como o vira-lata foi apelidado pelos moradores, estava perambulando pelas ruas do bairro Caleme, um dos mais atingidos pelo temporal, quando foi encontrado. (Leia também: Protetores dos animais recolhem doações para ajudar pessoas e bichos na Região Serrana)

Segundo a veterinária Andrea Lambert, membro da comissão, Caramelo estava sem ferimentos, mas muito assustado. A equipe teve que colocar uma focinheira no animal para conseguir dominá-lo.
- Geralmente nem colocamos a focinheira, mas ele estava tentando morder. O animal normalmente fica assustado, mas conseguimos fazê-lo andar. Já ele ficou pulando, girando, não queria sair dali. Os moradores nos contaram que ele ficava cavando o local onde a dona foi enterrada - relatou Andrea.

A equipe da comissão, formada por oito pessoas, já resgatou mais de 180 animais em Teresópolis e em Petrópolis com a ajuda do Instituto Estadual do Ambiente e de ONGs. Os animais foram levados para um galpão no bairro Meudon, que está servindo como abrigo em Teresópolis, e para um Ciep, em Itaipava.

- Fizemos um esforço grande para que os animais também fossem colocados em situação de resgate, de esforço, porque no início ninguém estava se preocupando - alertou Andrea.

Segundo o presidente da comissão, deputado André Lazaroni, os animais que não forem recolhidos pelos donos nos abrigos serão colocados para adoção:
- Os animais estão sendo cuidados para que, passado tudo, os donos voltem para recolher seus animais. Os que não forem reclamados serão encaminhados para a adoção.

Na segunda-feira, a comissão vai resgatar animais em Nova Friburgo.
Quem estiver interessado na adoção dos animais pode entrar em contato com a veterinária pelo telefone (21) 9632 8115 ou pelo email andrealambertvet@gmail.com.

O vira-lata Caramelo, que passou dias ao lado do túmulo da dona, Cristina Maria Cesário Santana, morta em decorrência das fortes chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio na semana passada, ganhou um novo lar neste domingo. Adotado por uma família da Barra da Tijuca, o cãozinho não é o único a esperar pelo dono mesmo depois da sua morte.

Segundo a veterinária Andrea Lambert, membro da Comissão Especial de Proteção Animal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que resgatou Caramelo e outros animais que ficaram sem lar por causa da chuva, histórias assim são muito comuns.
– O animal doméstico tem muita lealdade –, explica. – O dono acaba sendo a referência para tudo.

Em Edimburgo, Escócia, o Skye Terrier Greyfriars Bobby chegou a ganhar uma estátua depois de passar 14 anos guardando o túmulo de seu dono, até sua própria morte em 14 de janeiro de 1872. História parecida a do filme Sempre ao seu lado (2009), protagonizado por Richard Gere, em que o o cachorro Hachiko passa anos indo sempre ao mesmo horário a uma estação de trem esperar pelo dono que morreu.

NÃO COMPRE, ADOTE!!!!

FILHOTINHOS DE ANIMAIS NÃO SÃO LINDOS? FOFINHOS???

VOCÊ TEM IDÉIA DO SOFRIMENTO DAS MÃES DE REPRODUÇÃO INDUSTRIAL PARA, ATRAVÉS DE GESTAÇÕES SEGUIDAS, SEM FOLGAS, GERAREM FILHOTES PARA O ENRIQUECIMENTO DOS SEUS COMERCIANTES?

ELAS, BEM COMO OS MACHOS UTILIZADOS PARA A REPRODUÇÃO, VIVEM EM GAIOLAS E A ALIMENTAÇÃO QUE RECEBEM NÃO COBRE O ESFORÇO FÍSICO DE SUA ATIVIDADE, DE SORTE QUE ACABAM POR FICAREM DESNUTRIDOS, DEPAUPERADOS, MAGROS, FRACOS, ESQUELÉTICOS E COM PERDA DA PELAGEM. 

OS COMERCIANTES NÃO ESTÃO PREOCUPADOS COM O ANIMAL.  A ELES SOMENTE INTERESSA O DINHEIRO QUE GANHARÃO COM OS FILHOTES. 

ATÉ QUANDO PERMITIREMOS A REPRODUÇÃO COMERCIAL QUE SOMENTE ADICIONARÁ MAIS ANIMAIS, AINDA QUE "DE RAÇA", À ENORME QUANTIDADE DOS QUE JÁ PERAMBULAM PELAS RUAS DE NOSSAS CIDADES?!

DIGA NÃO À REPRODUÇÃO COMERCIAL DE ANIMAIS.
ABAIXO A REPRODUÇÃO COMERCIAL DE CÃES E GATOS! 

CÃES DE ALUGUEL

Justiça julga procedente ação contra empresa de locação de cães 


fonte: http://www.mp.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1399

O Juízo da 17ª Vara Cível de Curitiba julgou procedente ação civil pública proposta pela Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, em 2008, referente à locação de cães de segurança. A Justiça determinou que a ré da ação, a empresa Dog Seg Serviços de Segurança Ltda, está proibida de prestar este serviço, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A decisão é de outubro de 2010, mas o Ministério Público só foi notificado nesta semana. Na sentença, o Juízo destaca: “A atividade econômica não pode ser exercida em desarmonia com os princípios destinados a tornar efetiva a proteção ao meio ambiente”.

Na ação proposta em 2008, o MP-PR alegou que a empresa não possui alvará de licença e tampouco autorização ambiental para continuar com a prática de locação de cães para segurança. O Ministério Público, em conjunto com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e a Vigilância Sanitária de Curitiba, também compareceu a locais denunciados e verificou maus-tratos a animais, como privação de alimentação e água, falta de assistência à saúde e aprisionamento de cães grandes em caixas de pequeno porte. O responsável pelo caso é o promotor de Justiça Sérgio Luiz Cordoni.


Instituto Nina Rosa - Projetos por amor à vida
Organização independente sem fins lucrativos
http://www.institutoninarosa.org.br

Para receber este informativo,
cadastre seu e-mail em http://migre.me/NKtt

Orca é flagrada ao dar à luz na Espanha

Planeta Bicho
14:33, 14/10/2010
Hanny Guimarães
Kohana, uma orca de oito anos, foi flagrada nesta quinta-feira (14/10) ao dar à luz dentro de um tanque do Loro Parque, em Santa Cruz de Tenerife, nas Ilhas Canárias. O filhote nasceu com 150 quilos, após um parto de quatro horas de duração.
A pequena cria é a primeira da espécie a nascer na Espanha. A mãe Kohana nasceu nos Estados Unidos, mas vive no país europeu. Veterinários e treinadores americanos foram até a Espanha para apoiar o parto do mamífero.
Mães jovens da espécie costumam não estabelecer vínculo com o filhote inicialmente e neste caso não foi diferente. Para que o bebê não corra riscos, os profissionais devem interferir para ajudar nos cuidados com o animal.
(Fotos: EFE)
o                                                       

Baleia de 25 metros ...

Planeta Bicho
15:33, 26/01/2011
Hanny Guimarães
mar Tags: baleia
Uma baleia de 25 metros de comprimento foi encontrada morta em uma praia do parque de San Rossore, em Pisa, na Itália, nesta quarta-feira (26/01).
O animal foi visto por pescadores há dois dias, não muito longe da praia onde foi encontrado morto, respirando com dificuldade.
O cetáceo chamou a atenção de moradores que, curiosos, até filmaram a baleia.
(Fotos: Fabio Muzzi/AFP)

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

OS ANIMAIS E OS FOGOS DE ARTIFÍCIO, por Deolinda Eleutério


Os animais se assustam muito com o barulho de fogos e rojões, pois sua audição é muito mais sensível que a nossa.

Os cães tendem a fugir do barulho e correm desorientados e sem destino. Logo, podem ocorrer:

- FUGAS - correm sem destino certo e ficam perdidos; podem ser atropelados e/ou provocar acidentes.
- ACIDENTES - enforcam-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir; atiram-se de janelas; batem a cabeça contra paredes ou grades.
- GRAVES FERIMENTOS - quando tentam saltar muros e portões.
- TRAUMAS - mudanças de comportamento – tornam-se agressivos ou passam a se assustar à toa.
-  CONVULSÕES: alguns cães têm ou passam a ter ataques epileptiformes.
* Nos animais da fauna silvestre pode ocorrer alteração do ciclo reprodutor e morte.


CUIDADOS COM CÃES

1- Coloque algodão nos ouvidos - para diminuir a sensibilidade auditiva.
2- Acomode os cães dentro de casa em lugar onde possam se sentir em segurança.
3- Feche portas e janelas para evitar fugas e acidentes.
4- Ligue o rádio e a TV e aumente o volume próximo ao momento dos fogos.
5- Dê alimentos leves - distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar.
6- Não deixe o cão acorrentado pois pode se enforcar em função do pânico.
7- Não deixe muitos cães juntos porque podem brigar.
   (Se brigarem, não grite! Faça um barulho forte batendo tampas de panela para mudar o foco da atenção dos cães.)

Caso não possa colocar os cães dentro de casa, procure um veterinário para sedá-los.


*GATOS: mantenha-os dentro de casa e sem acesso à rua.


I M P O R T A N T E !

COLOQUE UMA PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO NA COLEIRA DO SEU COMPANHEIRO CANINO, COM OS SEUS TELEFONES GRAVADOS NELA.



RECOMENDAÇÃO de FLORAIS PARA MEDO DE FOGOS

*Comece a dar esta fórmula uma semana antes das festas de fim de ano, são joão e outras*

Fórmula de FLORAIS DE BACH
Recomendação Terapêutica de acordo com a NTSV-TH002

1- RESCUE
2- ASPEN
3- CHERRY PLUM
4- MIMULUS
5- ROCK ROSE
6- WHITE CHESTNUT

(As 6 essências virão num só frasco que durará de 10 a 15 dias e custará cerca de 15 reais.)


RECOMENDAÇÕES PARA USO (cães e gatos)

   1 - Peça essa fórmula SEM CONSERVANTES numa Farmácia Homeopática ou de Manipulação.
        Para conservar, mantenha o frasco na geladeira.
   2 - Coloque 10 gotas no pote de água (independente do tamanho do pote).
   3 - Repita o procedimento a cada troca de água (no mínimo 2 vezes ao dia) até o término do frasco.
   4 - Dê 2 frascos consecutivos.


OBSERVAÇÕES

- Florais não possuem componentes químicos e não têm contra-indicações.
- Outros animais podem tomar da mesma água.
- Caso o animal não possa tomar água no pote, dê 4 gotas diretamente na boca, 4 vezes ao dia.

* Florais tratam as emoções e não substituem o tratamento médico; consulte sempre um veterinário.

* Cães e Gatos - a cirurgia de castração é sempre indicada, pois evita doenças, previne tumores e facilita do convívio com as pessoas e com outros animais.


Abraço fraterno

Deolinda Eleutério, Terapeuta Floral - CRT-SP 26715
FLORAIS DE BACH PARA ANIMAIS - GOTINHAS PARA AS EMOÇÕES
Para atendimento, preencha a Ficha de Dados acessando http://FloraisDeBachParaAnimais.blogspot.com

ENTREGA EM DOMICÍLIO NA GRANDE SÃO PAULO - Farmácia Ilúmina (11) 5584.6094 www.ilumina.com.br

RELAÇÃO DE FARMÁCIAS HOMEOPÁTICAS NO BRASIL www.telelistas.net/1/38_br/218/330/99140/farmacias-homeopaticas.htm

*- De acordo com a Lei 14.483/07, cães e gatos devem estar castrados e vacinados antes de adoção ou venda.

Denuncie o comércio ilegal! - Ligue 156(SP)

Conheça a lei que regulamenta a criação e venda de cães e gatos
www.gatoverde.com.br/02_00.asp?menu_cod=170&menu_cod_pai=25


www.gatoverde.com.br
É possível viver muito bem sem usar ou consumir produtos de origem animal. O Veganismo é a expressão da ética contra a exploração dos animais e a afirmação última da paz.

CORAGEM PARA VIVER

Você está triste? Desolado? Deprimido? Sente-se injustiçado?

Sentimentos normais em alguns dos dias-a-dia de nossa existência, não é mesmo?
Quem não se queixa? Quem não é infeliz? Quem não é maltratado?

O mestre dos mestres do saber bem viver tem uma "pequena" mensagem para você.
Assista ou Assista de Novo e, em seguida, conte-nos como se sente.

http://www.youtube.com/watch?v=gf3R_6KDf00

Com um Forte Abraço,
Silvia

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

EU NÃO GOSTAVA DE GATOS por Rubem Alves


Eu não gostava de gatos
 RUBEM ALVES, Folha (terça-feira, 9 de junho de 2009)

Nunca tive intimidade com os gatos e sempre os olhei de longe, com desconfiança.
Preconceito meu, sustentado por uma estória que minha mãe contava de um gato que havia matado um padre. Hoje sei que ele não o teria feito se não tivesse razões...
Os bichos que amo são os cachorros e eles me amam. Meu amor pelos cachorros se consubstanciou num artigo que escrevi sobre minha cadela Lola, a pedido da Redação da Folha. Olhando para os seus olhos que estavam fixos nos meus, eu me perguntei: "O que será que ela pensa de mim?" Sobre isso escrevi.
Cães, nem sei quantos tive: pastores, dobermans, dálmatas, boxers, weimaraners, cockers... Os dobermans foram os mais obedientes; os boxers, os mais mansos e efusivos. A Nina, dálmata, foi a mais desobediente e não gostava de crianças. Era preciso trancá-la quando havia crianças em casa.
Menino, eu sonhei ter um cãozinho. Mas nunca me foi permitido ter um. Realizei o meu sonho simbolicamente: comprei um caderno de desenho dos grandes no qual fui colando fotografias de cachorros que eu recortava de revistas. Meu amor pelos cachorros assim se realizou platonicamente.
Mas nunca tive simpatia pelos gatos. Também eles nada fizeram para que eu gostasse deles. Os cachorros são comunicativos, querem fazer amigos, têm um humor italiano, fazem barulho, estão sempre sorrindo com o rabo, gostam de brincar e seu único desejo é agradar os seus donos.
Uma amiga enviou-me um e-mail contando da sua cadela labrador, adolescente, chamada Lua. Pois a Lua gosta de plantas, especialmente bromélias, que arranca do jardim e deposita na porta da cozinha com latidos de felicidade, que, se traduzidos, querem dizer: "Eis o presente de flores que colhi no campo para você...".
Os cães se parecem tanto com os humanos! O que já havia sido constatado por um dos nossos antigos ministros, que, inquirido sobre as razões que lhe permitiam transportar o seu cão em carro oficial, explicou: "Os cachorros também são seres humanos...".
Se isso tivesse acontecido no Egito Antigo, e um ministro fosse inquirido pelo seu uso das carruagens oficiais para transportar o seu gato, a resposta seria mais surpreendente: "Não sabe o senhor que os gatos são seres divinos?". Sim, no Egito os gatos eram deuses. Talvez algo dessa teologia tenha escorrido até nós. Pois não dizemos de uma mulher bonita "ela é uma deusa" e "ela é uma gata"?
Mas comecei a mudar de idéia sobre os gatos quando minha filha me deu um gato de presente. E logo ficamos amigos, eu e o gato.
Hoje o meu médico me enviou um artigo que apareceu em 26/07/07 no "The New England Journal of Medicine", um dos mais respeitados periódicos das ciências médicas. Sobre um gato chamado Oscar.
Oscar vive numa instituição que acolhe pessoas em estado terminal. Diariamente, segue uma rotina. Abre os olhos preguiçosamente e põe-se a fazer aquilo a que os médicos dão o nome de visita: vai de leito em leito, sobe na cama, cheira o ar e faz o seu diagnóstico. Se não é para acontecer naquele dia, ele desce e vai para o leito seguinte, onde repete o procedimento. Se, por acaso, sua misteriosa sensibilidade detecta o cheiro ou as vibrações ou a música da morte, ele se aloja junto ao moribundo e a enfermeira sabe que é preciso avisar os parentes.
Isso me deixou apreensivo porque o meu gato tem insistido em dormir na minha cama - e é preciso expulsá-lo à força. Será que faz isso por gostar de mim ou para que os outros avisem meus parentes?

(Realce no texto feito por Silvia Vannucci Chiappori)

GATOS SÃO FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Gatos são contratados para manter os ratos longe do Museu na Rússia há mais de 200 anos
Os bichanos recebem casa, comida e cuidados veterinários em troca da incansável caçada.

O Museu Hermitage, na Rússia, é um dos mais antigos do mundo. E também um dos maiores, tem quase 3 milhões de peças. Para proteger este tesouro, um exército de gatos. É um emprego que vem passando de gatos para gatos há mais de 200 anos. O museu tem problemas com ratos desde a sua inauguração.
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1644719-17665,00.html
UI1644719-17665,00.html

PROTEÇÃO ANIMAL RECONHECIDA JUDICIALMENTE

08/02/2011
Proteção animal tem decisão judicial sem precedentes

Por Valmira de Fátima Bernardino
Em Ilhabela, litoral paulista, a advogada Maria Fernanda Carbonelli
Muniz conquistou na justiça um feito que desperta nos protetores
de animais abandonados a esperança de acabar com o sofrimento
dessas criaturas indefesas.
Dra. Fernanda ingressou com uma Ação contra a prefeitura depois
que o abrigo mantido com muita dificuldade e recursos próprios por Dochiê Dobrota foi demolido por ordem do governo  municipal.  O
juiz Sandro Cavalcanti Rollo acolheu o pedido de tutela antecipada
e determinou que os 54 animais mantidos por Dochiê Dobrota
fossem vacinados e castrados no prazo de 45 dias e estipulou multa
diária de R$1.000,00 caso a decisão não fosse cumprida.
Dr. Cavalcanti determinou também que a prefeitura providenciasse mensalmente 750 kg. de ração de boa qualidade para os cães e gatos mantidos por Dobrota e Sandra Regina Meirinho, autoras do
processo. Para o não fornecimento da ração a multa diária foi
estipulada em R$5.000,00. A prefeitura recorreu da decisão, mas o Tribunal negou o efeito suspensivo da liminar, e Dr. Cavalcanti
determinou que a decisão judicial fosse cumprida no prazo de 24
horas sob pena de incidência da multa, crime de desobediência e improbidade administrativa. O município de Ilhabela fica a 135 quilômetros da capital paulista. Segundo dados do IBGE tem 23.886 habitantes. Os argumentos do juiz em seu despacho são
contundentes e muito bem fundamentados. Dentre os fundamentos
estão a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, a Constituição Federal e a Lei Estadual 11.977/05, conhecida como Código de
Proteção aos Animais, que prevê que os municípios mantenham
programas permanentes de controle de zoonoses, vacinação, castração
de cães e gatos e ações educativas de posse responsável. Em seu
despacho Dr. Cavalcanti reconhece o trabalho das autoras como de interesse da dignidade dos animais, da população de Ilhabela e da
própria prefeitura. Em 3 de setembro de 2010 ele foi merecidamente homenageado com o título de Cidadão de Ilhabela.
Para conhecer o Despacho na íntegra clique aqui.


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sábado, 5 de fevereiro de 2011

CARA OU COROA?!

Fui deitar por volta da meia-noite. A madrugada já ia bem alta quando fui acordada por aquele assobio característico de uma pessoa chamando a outra.

Um assalto! Mantive-me em guarda imaginando as estratégias a adotar caso o evento fosse cá, em casa. Seria, atrás, na casa dos meus cunhados? Eles viajaram. Teriam dado bola ao seu cão? Não se ouvia som algum. O silêncio era total, absoluto. Nossos cachorros não se mexiam. Estariam todos “en garde”?

De repente, ouvi vozes, algumas, baixas que se aproximavam. Na rua? Ou, cá no fundo? Passaram. Alívio! Eram, apenas, passantes. Quem sabe intimidaram os larápios?!

O sono foi-se. Pensei acercar-me do computador onde sempre tenho o que fazer. Mas, ao mesmo tempo, estava tão bom permanecer deitada! Fiquei aguardando a chegada do dia e, assim, pouco a pouco, este surgiu em aurora esplendorosa.

Enquanto isto, o panorama se descortinava e, da posição em que eu estava, via, claramente, uma enorme rachadura saindo, em diagonal, do canto inferior de uma janela do edifício na rua de trás. À lembrança saltou para o edifício em final de construção e com cerca de trinta andares, que desabou em Belém. Esta lembrança remeteu-me ao passado. Vinte e cinco anos, ou mais. 

Meu colega e grande amigo, que, até hoje, se locomove a pé, chegara transtornado com o conversa de dois homens, sentados atrás dele, no ônibus em que viajara atravessando a Cidade do Salvador. Tratava-se de operários de obra, um deles operador de betoneira. Este explicara ao outro que, ao sair, da empresa fabricante do concreto, ele parava na sua casa, despejava parte do concreto para a obra de construção da própria casa, completava com água o vazio que se produzira em seu caminhão e, de lá, seguia para a obra para a qual, efetivamente, o concreto do seu caminhão se destinava.

Meu amigo estava quase em transe, pois muito chocado. Não é para menos! Incitei-o a denunciar, mas não o fez. Por que? Não sei. Ou, talvez, saiba.

De uma família miscigenada, de várias origens, a genética brindou-o com a "Cara", ou seja, com o tipo “negróide atarracado”, enquanto que, entre os vários filhos, há os que “tiraram Coroa”, ou seja, herdaram o tipo “ariano”.  E, se tem algo que meu amigo jamais escondeu foi a sua infelicidade pelo seu tipo físico. Já ouvi intitular-se de pigmeu. Tudo acompanhado de fartas risadas.  Mas, não deixa de ser fato lamentável, pois isto remete-o, inconscientemente e na prática, a uma situação de inferioridade. Ele é uma pessoa brilhante, muito culta e bem preparada que se expressa fluentemente em diversos idiomas e é Doutor em sua especialidade profissional.

Todo ser humano é portador de alguma fraqueza física, mental, emocional, psicológica, postural, profissional, etc. Seria ele, somente ele, interessante para figurar em algum museu?! Ou, o somos todos nós, peças únicas da natureza?! No jogo da vida, na hora do decidir, ou do opinar, freqüentemente, ocorre a omissão, pois, para alguns, a moeda cisma em cair em pé. Nem Cara, nem Coroa. Assim, meu amigo não deu parte da conversa do ônibus.

E, eu o que farei? Deverei advertir da rachadura? Será que já a viram? Já sabem? Como é difícil equilibrar-se sobre uma moeda em pé! O medo, a insegurança, o sentir-se na obrigação de dar satisfação aos outros senão “o que é que vão pensar?” destrói e inibe a personalidade, a iniciativa, a construção do caráter sólido, inquebrantável posto que reto.

Se ao avisar o que vi, escutar dizerem “já sabemos", “já nos disseram’, “estamos tomando providências”, ou, até mesmo, “por que se intromete?” não devemos nos abater, mas, apenas, respirar aliviados, pois, missão cumprida, fizemos nossa parte, não nos abstivemos, não nos omitimos e, felizmente, eles já o sabiam. Apenas, fomos um reforço, o que já é muito bom! Pior seria ver a janela despencando, ou pedaço de parede desfazendo-se, ou, até mesmo, o edifício inteiro desabando com todas as possíveis e inúmeras conseqüenciais nefastas.

A omissão é crime. Honestamente, do meu ponto de vista, mais hediondo que o crime em si.  Pois, saber a priori e não notificar torna-nos cúmplices do mal feito. Não há porque hesitar entre “Cara” ou “Coroa” ou, ainda equilibrar-se na moeda em pé. Significaria ficar "en garde" pelo resto de nossos dias.

É preciso fazer o bingo! Já! Sem titubear! 
Silvia Vannucci Chiappori, 05.02.2011