sábado, 29 de janeiro de 2011

TOXOPLASMOSE, Ainda


Tantos beijos deixaram-nos aturdidos? Sem ar? Ou, foi o tema?

Por isto “volto à carga”.... para, de certa forma tranqüilizar, embora, ainda, procurando informar corretamente.

A Toxoplasmose não se manifesta com muita freqüência e, na maior parte das vezes, assume forma benigna. Felizmente, pois, por exemplo, na França a incidência deveria atingir índices assustadores. Lá o nosso “Filé mal passado” é cozido demais! O mal passado deles, para os nossos padrões, é “cru”.

O Toxoplasma gondii foi descrito, pela primeira vez, em 1908, no Brasil, quando de uma pesquisa sobre os parasitos dos coelhos. E, aos poucos, foi observado que os indivíduos com maior risco de contaminação são os que têm profissões que os colocam em contato com animais, incluídos os pombos que não mencionamos anteriormente, muito embora, aparentemente, são os mamíferos os que mais se contaminam.

A Toxoplasmose congênita ou a adquirida durante a gravidez são as formas mais preocupantes, pois seus agentes atuam diretamente sobre o feto atacando o seu sistema nervoso central e provocando danos sérios e irreparáveis ao seu organismo.  Ao nascer, o médico, apenas, elencará os danos, caso, de acordo com a gravidade das lesões, um aborto não tenha se produzido.

As lesões podem ser deformações cranianas (hidrocefalia e microcefalia), retardamento mental e calcificações intracranianas (de preferência no córtex e base do crânio), coriorretinite (inflamação da coróide e da retina, membranas que, internamente, compõem o globo ocular) e, mais raramente, o estrabismo e o nistagmo (movimentos rápidos e involuntário do globo ocular).

A “boa notícia” é que uma mulher contaminada dará à luz a somente uma criança com Toxoplasmose. Seu organismo criará anticorpos que impedirão a repetição do evento, ou seja, nenhum outro filho que ela venha a ter será contaminado.

Ao contrário do feto, os demais indivíduos são dotados de maior capacidade defensiva e é por isto que, por vezes, seu organismo anula a ação do Toxoplasma, e a doença não chega sequer a ser diagnosticada. 

A Toxoplasmose pode provocar febre, mal-estar, prostração, dores de cabeça e/ou musculares e, logo, ser confundida com a gripe ou viroses em geral. A febre estendendo-se por semanas, ou meses, havendo enfartamento ganglionar, cervical ou outro, pode ser confundida com a mononucleose.

A Toxoplasmose de mais longa duração, ou por farta contaminação, pode trazer complicações provocando inflamação na retina e na coróide ocular, deixando discretas lesões ou evoluindo até a cegueira.

Meu filho, possui lesão ocular causada por Toxoplasmose adquirida quando tinha cerca de 30 anos. Já o seu pai, quando morávamos na Itália, a trabalho, foi acometido por uma violenta Toxoplasmose.  Comprei um coelho, e cozinhei-o, eu mesma, da maneira tradicional italiana, como aprendera na casa dos meus avós, Chiappori.

Coincidentemente, uns três dias – não mais – após a ingestão do coelho e, notem, eu, também, comera do mesmo, ele começou a modificar-se ficando com o rosto largo e toda uma fisionomia e expressão que eu sabia descrever apenas como parecendo a de um leão. Aparentemente, ele nada sentia, além de febre, e considerava esquisita essa minha “cisma”. Não obstante, levei-o a um médico.  Morávamos em Partinico, na Sicilia Ocidental.

O médico examinou-o profundamente e ficou a matutar. Então, perguntou. “Vocês comeram carne de caça?” Imediatamente respondi que sim.  Ele, então, diagnosticou a Toxoplasmose, seu primeiro caso! E, ele já tinha muitos kms rodados!

Explicou-nos que, de repente, lembrara a citação de “juba leonina” quando da descrição da Toxoplasmose em leitura realizada havia muitos anos.

Como a infestação no meu marido fora muito grande, ele foi levado ao Hospital Universitário de Palermo onde ficou internado por três semanas....  E, eu?

Nada tive. Apenas joguei fora a cabeça do coelho que guardara para fazer um caldo para a nossa filha, então com menos de 2 anos e, à época, bastante adoentada.  Já de volta ao Brasil, quando tive a segunda e última gravidez, a do meu filho, jamais ocorreu fazer-me fazer um teste para saber se eu fora infectada passivamente. Obviamente que não, pois, senão, meu filho não teria nascido são.  

O primeiro teste ocorreu quando ele teve a Toxoplasmose, provavelmente adquirida em algum restaurante, e os médicos sugeriram que eu seria a origem.  O teste deu Negativo e já o repeti posteriormente com o mesmo resultado. Como, no meu diário, lido diretamente com animais tenho-o feito a cada 2 anos e, até, hoje, o resultado é Negativo. 

Assim, concluo.
Viva a Vida! Abaixo o Preconceito! Viva os Felinos! Abaixo os Aprisionadores de Pássaros! Viva o AMOR SINCERO dos Animais Domésticos! Abaixo os Exterminadores de Animais Domésticos ou não! Viva as Aves! Abaixo os Aprisionadores de Aves ou Animais selvagens! Viva a Natureza! Viva as Abelhas. Salvemo-las e aos demais em risco como o Urso Polar! Abaixo o Abandono, os Maus Tratos e o Comércio Ilegal de Animais!

Vivamos aos Beijos com Amor e Respeito ao Direito à Vida do Próximo, humano ou não. Salvemos os Animais.  Nossas necessidades são semelhantes e recíprocas. Dependemos uns dos outros. Senão, para que teria existido a Arca de Noé? Pensem Nisto!

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